O astro mor perdeu seu toque acalorado ante minha zumbificação, não sinto mais nada, os olhos compadecidos de forma vítrea lembram que lá não deveria ser meu lugar, a saudade do sono imortal, das soluções que trazia ou ainda a letargia inumana que aos poucos consumia a carne e me tornava o que sou agora. Todo este tormento passaria? Não são dores nem alegrias, um lago imóvel e um velório, a imagem adequada para representar este marasmo cinza, a parte mais debilitada do meu âmago deseja retornar aquele mausoléu negro, teria eu então sorvido o néctar que precisava de todas as flores insensatas?
Palavras com tons fúnebres entoam o doce réquiem, melodia atroz que inspira fazendo-me relembrar teu aroma desolado, não mais me permita prosseguir nesta empreitada assimétrica, encerre aquilo que é somente sofrível e me faz padecer miserável sem o menor alento, enfim ceife tudo pelo sacrifício que ofereço, o brilho que minha alma já teve um dia, a inocência exasperada que em ansiedade se perdia. Por fim, dá-me o merecido descanso final, que me foi privado ainda em infância para que existisse nesta tempestade obliqua.
Acho que nem preciso falar muita coisa desse também, não? ele está bem expressivo e claro, não usei muito da linguagem rebuscada que costumo. Aos companheiros tortos, sim, acho que a isso se resume a minha condição atual, talvez eu simplesmente tenha que deixar minha vida como um "let it be" pra variar um pouco, em outra ocasião explicarei a vocês com calma. Este ainda está fresco, dá pra inclusive sentir o calor dele se você tocar, acho que é o que eu venho sentido toda esta semana... maldito seja o mês de maio que não passa e leva com ele tudo o que de mau me trouxe...
ps: gostaram das cores e layout que eu dei ao blog? eu espero que sim... nenhum de vocês falou nada desde que eu os coloquei. Caro amigo GAB, vou responder seu email em breve, tinha algumas colocações interessantes pra fazer (que por sinal não me ocorrem agora...) até breve...