quarta-feira, 17 de junho de 2009
Pra você
Aonde não havia nenhum rastro de vida
O ouro perdido pelas terras
Importavam mesmo eram os sentimentos.
Mas isso não era visível.
Por maldade das almas habitantes
O motivo de felicidade era negado
Rastreado
Torturado
Amedrontado.
Quisera eu mudar a cara do ambiente
Um dia, então, o fiz:
Agi.
Na terra plantei uma semente
Tirei um punhado dessa do chão
Objetei aos céus o porquê daquilo
Senti olhares desconfiados sobre mim
Perseverei e continuei o trabalho
Ousei enterrar a semente
E reguei com esperança.
Mesmo assim
A flor demorou a brotar
Senti que o trabalho
Fora em vão.
As almas amedrontadas venceram
Continuaram a amargurar
Aquele lugar.
Maldito seja.
Pois veja que não desisti.
Recusei desistir.
Andei por muito procurando solução
Voltei mais uma vez ao escuro
Os fantasmas ainda zombavam
Chamuscavam meu rosto com maldade
Eu senti a dor que realmente sentiam
Sei que não é fácil viver assim
Onde não há alegrias
Muito menos amores.
Então voltei ao lugar da flor não nascida
Negada devido àquele clima sem vida
Totalmente sem condições de crescer
E pode parecer bobo
Veja o que fiz:
Onde estava a flor
Custei a acreditar como não havia percebido antes
É simples na verdade
Entenda que
Não bastam água e solo.
Também se precisa do fator que é
Elementar.
Não se pode negar
De jeito nenhum
Essa peça chave
E iluminada.
Eis que tiro do bolso
Nada mais que o Sol.
Xeretas de novo atormentam
E logo fogem.
Regada mais uma vez
Guindada pelo astro
A rosa se faz presente
Outras brotam depois, já que o
Solo agora tem o que precisa.
Minhas flores são meu orgulho
Entendi finalmente o sentido disso tudo
Uma tentativa de levar a beleza nos campos baldios
Semear, desse modo, jardins de maravilhas.
Esse texto não cabe num depoimento e ficou ruim. E agora, como eu faço pra mandar pra ela? ;D
terça-feira, 16 de junho de 2009
Apenas dela
Que os corações foram feitos
Para serem quebrados
E remendados
E de novo e de novo.
O veneno chegou ao dela
Ela está confusa
E viciada
Vício maldito
Ela quer se livrar disso
Mas se vê presa.
Então resta esse jogo de forças
Opostas
E dispostas a atrapalhar
E confundir
E remendar.
Ela sorri como se o céu tivesse descido à Terra
Crê que assim seus desejos se realizarão
Mas não é assim
Isso é ilusão
Criada pelo vício
Deixa-a cega
E sem saber ao certo como agir.
Por dentro ela sente
Que continua chorando
A face de dentro demonstra feição diferente
Da de fora
Seu coração palpita
Tão forte ela tenta
Se curar do problema.
Quisera ela que fosse assim tão fácil
Eu também.
O desespero nos olhos
Mesclados à esperança
Falsa
Criada pelo vício
E talvez pelo comodismo.
Este mundo é um lugar cruel
Estamos aqui apenas pra perder
Cada pôr do Sol parece ser o último
E eu não sei o que pensar.
Penso que ela nunca estará sozinha
Que eu nunca a abandonarei
Mas esse é o pensamento de tantos outros
Que apenas esperam pela vez
Tal qual eu.
A concorrência é grande
E injusta
Porém, como em todo caso, depende apenas dela.
Apenas.
sábado, 13 de junho de 2009
Adágio Solitudo
Pareceu incomum desde o principio, como em meio a uma tormenta infinda eu encontrei no seu desprezo gentil uma paz tão imensa, algo raro que outros sorrisos, perfumes ou sabores não foram capazes de despertar. Mesmo que me sinta ínfimo não consigo afastar-me do teor sereno que tem o seu sorriso, é impossível culpá-la por qualquer vilania diante daquele olhar, daí provavelmente deve-se a minha indignidade, da minha tolice incurável, do meu romance enjoadiço...
São essas noites solitárias que fustigam, fazendo-me sentir falta da sua feição por completo, no compasso lento das horas me agarro a memórias e contatos que já nem mais existem, sinto saudade do tênue afago que nunca tive das suas mãos macias. Tu ao menos pensas em mim? Será que em alguma ocasião inoportuna te lembras dos nossos momentos inócuos que me são sempre tão preciosos? Já não existem mais razões para ater-me a possibilidades, padeço platônico, sem maiores esperanças...
Ainda sim qualquer antologia romântica faz com que eu sonhe acordado, neles apenas vivencio o desejo de tê-la ao alcance de um abraço, pois o que posso fazer é ludibriar-me em ilusões perfeitas, dado que a realidade pérfida me trairia com um abraço solitário, como é a busca infrutífera das minhas mãos pelas suas ou dos olhares desviados. Por que mesmo diante disso tudo sem querer me pego repetindo seu nome? Minha aptidão para amar se esvai e ainda sim só almejo estar do seu lado, dessa forma patética e obsessiva, e quando menos percebia, perdia-me de mim e passava a ser somente dela...
Mais uma criação para falar do que eu sinto por ela, é eu sou craque em amor platônico acho, devo ter vocação pra amar quem não me ama. Engraçado que mesmo depois de tudo, quando penso em alguém é sempre nela, quando sinto necessidade de companhia é sempre a dela e de mais ninguém, o que será que existe nesses afagos raros que viciam e me entorpecem os sentidos? Inclusive me desviei de velhos sonhos pra seguí-la... No final das contas eu sou apenas um tolo romântico, talvez seja nisso que eu eo Gabriel nos diferenciamos, apesar de termos fins parecidos, os meios são muito diferentes, e as formas também... Já conversamos sobre isso, acho que encerro assim, me perguntando o que me faz pensar nela e não nas outras? Posto que se fosse carência, seria apaixonado por qualquer uma que tentasse me cativar, mas não é assim que funciona...
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Outono / Violência Verbal
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Uma nova flor
Explicações somente via e-mail.
terça-feira, 9 de junho de 2009
Esquecimento Encouraçado
Solidão que embebeda a alma, tingindo a noite com um negrume mais intenso do que outrora, quero perder a noção do meu ego, tornar-me noite também e mergulhar nesse sentimento de rejeição sublime. Não importa mais, pois este amor recíproco há de preencher meu vazio, me esconder em suas asas de ébano e salvar-me do anátema que são as vozes noturnas, tão breve todas as outras dores passariam, seria apenas Treva, amante mortiça daqueles que perambulam o Hades, sina de tudo aquilo que anda ou rasteja, oh por favor, faça com que os comentários se calem, deixa-me cerrar os olhos e apague deles o brilho melancólico, para sempre...
O esquecimento seria o broquel para as lamúrias diversas sobre um fim súbito e uma juventude não aproveitada, e quanto maior se fizesse, menos eu existiria, tão logo não sobraria traço algum da minha forma mundana, a merecida redenção absoluta, que me tornará isento de desilusões de gosto amargo, me colocando em paridade com o lugar que ocupo e com aquilo que represento, nada. Minha inaptidão me permite ainda tropeçar entre palavras belas sem dizer coisa alguma, vou ao compasso vagaroso despindo-me das virtudes, do senso humano, quero apenas satisfazer meu desejo mais lúdico, encontrar-me agora enfim envolvido em mortalha vil.
Sono profundo de sonhos evanescentes, em minha memória apenas diversos sorrisos pérfidos e fugazes, tal como o éter que me alivia o peito enquanto empala a minha mente, banindo as frustrações, apagando as memórias que já me foram sacras, detalhes importantes que gostaria de conservar vivos para sempre, agora pego-me pensando quais eram os mesmos, rindo-me feito tolo enquanto a deliciosa sensação de abandono arrepia toda a minha tez asquerosa. O vinho acaba, a meretriz veste-se e tão logo parte, em breve eu também deixo-me aqui, rumando num encouraçado assombrado para um canto que me traga felicidade, em breve ao almejado destino, o outro lado misterioso, o lado de lá...
Bom, está claro, dentro do meu estilo de sempre, mais do mesmo, mas ainda sim, tudo o que eu sinto está bem expressado nesse aqui. Acho que esses últimos tempos tem sido assim, não sei se gostei dele, mas como criei me senti na obrigação de postá-lo, já tem um tempo de escrito, porém a sensação que tentei retratar ainda se faz muito presente... A morte tem sido uma constante em meus textos, não é como se o assunto de fato se fizesse presente, bom os outros tortos me conhecem e sabem o que tudo significa e a forma que significa inclusive, vou trabalhar, até mais meus bons amigos tortos...
domingo, 7 de junho de 2009
Os novos sofrimentos do jovem Werther
Werther nada mais é do que aquele tipo de cara tímido, que não consegue falar com garota alguma, que dirá chegar nela. É também um tolo sonhador. Apesar de ter o defeito da falta de comunicação, mesmo assim ele tem a mania de idealizar cenas e garotas, Mesmo que ela não seja perfeita, oras, ele nunca falou com ela, não sabe se ela presta mesmo ou não. Então, tem a mente livre pra pensar qualquer coisa que quiser. Mas não só de defeitos vive Werther. Ele tem lá seus amigos, que o apóiam nos seus delírios e lêem as cartas de amor que nunca foram entregues a qualquer destinatário. Ele tem sim amigas, até se dá bem com elas. Mas o que não é muito claro na cabeça dele (e talvez na sua também, espero que não) é a distinção entre "meninas amigas" e "meninas possíveis casos". Ele é um fraco, que tem uma atitude pra cada tipo de mulher-gênero citado. Praquelas que é afim, ele se comporta de maneira diferente, é mais agradável, gentil e não fala palavrão na frente dessas. Bom, qualquer guria que se depare com um cara assim contesta a sexualidade do mesmo e o descarta por isso. É bem ingrata a vida, essa é a verdade. Garotas querem garotos que, dentre outras coisas, tenham um quê de sensibilidade, mas isso não pode/deve ser demonstrado à primeira vista senão ela acha que o cara é gay. Dá pra entender?
Os novos sofrimentos do jovem Werther
Isso estava deixando o guri completamente angustiado. Ele subia pelas paredes ao saber que o mundo todo curtia pessoas do sexo oposto (ou do mesmo, se pá) e ele ali, sem ao menos conseguir qualquer coisa. Caso o leitor já tenha passado por isso, ou quem sabe ainda passa, sabe como é horrível a sensação de ser BV (Boca Virgem, se você tem mais de 30 anos de idade) e, a cada lugar que você olha tem alguém se beijando. Seja na TV, nos filmes, na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê, enfim, sempre tem pessoas trocando salivas. Talvez ele não seja encanado por ser virgem porque se vê muito mais cenas de beijo do que de sexo. Mas por Deus, vamos por partes.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Estando com ela
Formas de verde e vermelho
E amarelo
Rodopiam e sobem e descem
Nós giramos os corpos
Nessa vertigem
Infinita
O medo do que está por vir
O impacto
Junto com a curiosidade
Da queda
Misturado aos efeitos de luzes
E cores
E formatos.
Então chegamos ao fim da queda
E eu me vejo sozinho
Acordo em minha cama
Contente
Por saber que ela
Durante essa viagem infinita
Esteve comigo
Aqui mais esse. Dois poemas medianos por dia equivalem a um bom, né? :D
Proximidade
Um contato
Um olhar
Um momento
A proximidade de um sussurro
Uma risada
Uma confissão
A proximidade de dois amantes
Um beijo
Um afago
Um abraço
A proximidade de Sol a Vênus
De Hong Kong a Paris
De Campinas a Joinville
De mim a ela
Recuso-me a explicar esse poemo (poema + emo =P). Recusem-se a comentar.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Doses de Nostalgia
Espero não amar demais por enquanto... esse tipo de sentimento é demais para quem tem a hipótese de.. bem, não quero passar a vida toda com uma pessoa. O único jeito de evitar isso, é não amando demais.. Deixar isso pra quando tiver certeza de que vai passar o resto da vida (grifado) com a pessoa: casar. Por enquanto, vou "curtir" e ganhar experiência. É claro, de um modo que eu julgue respeitável a mim mesma, por isso assumi o compromisso (grifado). Mas estou começando a ficar contra namoros... Como minhas idéias mudaram este ano!" de 15/10/2003
Só 6 aninhos atrás! Agora vou mostrar uma de 05/10/2009: