e, depois dessa, chega de negatividade. Ou não.
Lá vamos nós de novo. Eu e o tempo. No ringue. Na lama. Embaixo da chuva.
Ele me empurra para baixo. Eu o soco para o lado.
Três socos no peito. Cinco na cabeça, mas eu não caio.
Eu olho de soslaio,
Dou um beijo na testa e saio.
Porque, passa tempo, passa alma
passa-se a gana, passa-se o entusiasmo
mas a vida – a vida não passa. Ela continua.
E com ela a gente não briga. Não desafia.
Irritamos, desapontamo-nos, conformamo-nos.
Mas sabemos que o fim é completamente moldável por todas as brigas,
mas que torna-se mais tolerável quando nós três sentamos para jogar um baralho
amarrar um sapato
bodiar na janela
passa-se a gana, passa-se o entusiasmo
mas a vida – a vida não passa. Ela continua.
E com ela a gente não briga. Não desafia.
Irritamos, desapontamo-nos, conformamo-nos.
Mas sabemos que o fim é completamente moldável por todas as brigas,
mas que torna-se mais tolerável quando nós três sentamos para jogar um baralho
amarrar um sapato
bodiar na janela
Não faz sentido. Sem ter tido alguma especificidade. Sem ter tido amor pelo amor, amor pela amizade com o tempo, torpor pela conquista de cada degrau.
A cada segundo perdido uma porrada.
A cada porrada uma ironia.
E, a cada ironia…
A cada porrada uma ironia.
E, a cada ironia…
…uma afronta ao marasmo de todos os subs, inter e trans conscientes e não conscientes.
A lágrima não é o passo para a loucura. É o buraco no cano por onde os devaneios, as lutas, as idiotices e todas as outras humanidades estúpidas se estapeiam prolongada e pavorosamente.
Menos humano é seguir a curva ascendente. Mais humano é contornar, apaziguar os demônios, perseguir estrelas atirando para todos os astros.
Mais humano – mais arte, mais desafortunada alma multicolorida – é o caos da poesia de rima rica. A riqueza dos versos que, monotonamente, brigam com cada linha da história que não cansa de repetir-se.
Quando cansa… Mas quando cansa…
- o mundo gira,
o tempo passa
a alma amadurece
a cabeça menos enlouquece.
o tempo passa
a alma amadurece
a cabeça menos enlouquece.
Mas o que adianta?
O fim é o mesmo: fim.
Ou não?
Bom, eu decido a não indecisão então. Pela vida – pelo meio-tempo. E para que amanhã não seja o segundo anterior.