Tenho navegado em mares
terríveis
tempestades infinitas
maremotos, lares de bestas e tubarões
ainda assim
piso em chão firme
em madeira segura
perfume suave
e um suave balanço
de quem passeia sobre as ondas ao ponto de quase flutuar
A chuva?
molha meus telhados envidraçados
tocando a música de sorrisos e memórias deliciosas que costuram o futuro
no presente, costurei uma bandeira pálida
de cores fortes, delicadas e marcantes ao mesmo tempo.
Os cômodos tem espaço para multiplicar meu convés
deixando os frios
as tempestades
as encantadoras e traidoras sereias
como uma triste paisagem
para quem, deliciosamente
tenta salvar outros marujos
a deriva no mar
E são tantas
que quanto mais cheios nossos galpões
mais deesperados eles se aproximam
ora, esses corações não são de ferro
e essa nau ainda não aprendeu a voar
mas estenderemos nossos quatro braços a todos
sorrindo
secando o sal
trazendo guarda-chuvas
e torcendo para não afundarmos com o excesso de peso
Encontrei isso em um caderninho de anotações que usava a trabalho há mais de um ano atrás. Nem ideia do que signifique...
Querida,
ResponderExcluirEmbora não tenha ideia do que signifique, é lindo demais e me emocionou.
bjks com carinho,
Sola