domingo, 29 de janeiro de 2012

Eu choro

Eu choro.
Algum tolo um dia ousou dizer que homens não choram, mas quer saber?
Ele é um tolo.

Não choro as guerras
Não choro casamentos
Não choro momentos geralmente choráveis.

Eu choro à vida
E à morte.
O viver
E o morrer.

Pois é fato que a gente só pensa na morte quando ela bate na porta.
Quando algo ou alguém próximo à gente morre.
Familiares, amigos, bichos de estimação; todos morrem.
E quem não morre, segue.
Chorando.

Viver as pessoas vivem sem ao menos se dar conta
Aliás, viver muitas vezes é um saco
Mas quando eu percebo o quão grandioso é estar vivo,
e como existe tanto para se viver,
e tudo o que eu já fiz - que não é muita coisa, mas vá lá-,
Isso me faz chorar à vida.

Pois, só se vive uma vez.
O tempo que você passa lendo este texto, me desculpe, mas jamais vai voltar.
As pessoas matam o tempo, eu mato o tempo, quando achamos que não temos mais o que fazer.
Talvez não tenhamos, mas fato é que o tempo não volta.
Ou "O Tempo Não Para".

Quando eu me dou conta dessas coisas, eu fico embasbacado.
Meus olhos se enchem e eu entendo o tamanho do que é estar vivo.
Textos como "Filtro Solar" e a música "What a Wonderful World", por exemplo, me fazem chorar, ou ao menos lacrimejar.

Vivemos para morrer.
E enquanto isso, a morte, não chega, a gente segue.
Lendo. Rindo.Chorando. Vivendo.

O quanto puder.


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O texto me veio à cabeça - e às lágrimas - devido à iminência de... da... bom, da minha hamster ir pra grande Roda Celestial onde vão todos os hamsters depois de passarem um tempinho na Terra.