quinta-feira, 25 de abril de 2013

é o que tem pra hoje.


esse friozinho, essa lua maravilhosa, esse céu, essa noite; tudo faz lembrar de um tempo e espaço (!) que já não existem mais.memórias daquele outono de 2010. o que faz muito sentido, nos conhecemos final de fevereiro, depois de 15 dias estávamos juntos, oficializamos em junho, no dia da final da copa do mundo da áfrica do sul e um dia antes do falecimento de minha avó materna. taí um motivo o qual eu nunca gostei da data. até mesmo essa jaqueta que eu uso agora, ela mesma estava presente quando éramos banhados ao luar num gramadão que agora deu lugar a uma edificação. bah pros novos casais.

mas aí, as etiquetas do bom senso e as listas de coisas que não se deve fazer falam: você não pode ficar falando toda hora da sua ex. concordo. mas quando se passa tanto tempo com uma mesma pessoa, é impossível não assimilar as experiências de outrora com as memórias do presente. vou fazer o quê? fingir que não existiu? antes eu pudesse formatar minhas memórias. ou não, pois teria de aprender as mesmas coisas outras vezes.

existe um jeito simples de superar essa barra: criando novas memórias com uma nova pessoa. faz mais sentido: já que você tem outralguém, é totalmente deselegante falar do passado. mas eu não tenho. me resta ruminar os pensamentos, quando estes vêm, e ficar de mimimi em rede social e/ou em poemete.

é o que tem pra hoje.

sábado, 20 de abril de 2013

Algo sobre navios


Tenho navegado em mares
terríveis
tempestades infinitas
maremotos, lares de bestas e tubarões

ainda assim

piso em chão firme
em madeira segura
perfume suave
e um suave balanço
de quem passeia sobre as ondas ao ponto de quase flutuar

A chuva?
molha meus telhados envidraçados
tocando a música de sorrisos e memórias deliciosas que costuram o futuro

no presente, costurei uma bandeira pálida

de cores fortes, delicadas e marcantes ao mesmo tempo.

Os cômodos tem espaço para multiplicar meu convés
deixando os frios
as tempestades
as encantadoras e traidoras sereias

como uma triste paisagem
para quem, deliciosamente

tenta salvar outros marujos
a deriva no mar

E são tantas
que quanto mais cheios nossos galpões
mais deesperados eles se aproximam

ora, esses corações não são de ferro

e essa nau ainda não aprendeu a voar

mas estenderemos nossos quatro braços a todos

sorrindo
secando o sal
trazendo guarda-chuvas

e torcendo para não afundarmos com o excesso de peso

Encontrei isso em um caderninho de anotações que usava a trabalho há mais de um ano atrás. Nem ideia do que signifique...