terça-feira, 9 de novembro de 2010

Toc Toc

O futuro tá batendo ali na porta.
Eu estou aqui, enrolada em um cobertor, tremendo de medo.
Às vezes levanto, pego um taco de baiseball e me preparo para atacá-lo.
Às vezes vou à cozinha e preparo o melhor chá da tarde para recebê-lo.
Mas… E se ele não for verdade?
E se essas batidas na porta forem os medos do presente,
as injustificativas do passado?
Daí sim as convidarei para entrar, sentar em meu sofá e continuarem aquela longa conversa.
Seremos amigos.
Mas o futuro…
Ele não liga pra falar que vem. Não manda e-mail.
Na verdade, o certo, seria eu já ter saído para encontrar com ele há pelo menos um ano.
Mas não fui. Quis dar uma de difícil.
E agora fico com medo, ansiedade e insaciedade esperando que ele entre pela minha porta…

E se a porta ficar sempre fechada?
Então eu realoco os móveis do presente,
jogo algumas roupas antigas pela janela,
e começo o presente tudo de novo.
Como deveria ter feito ontem.