quinta-feira, 17 de maio de 2012

Sem pensar.



 e, depois dessa, chega de negatividade. Ou não.


Lá vamos nós de novo. Eu e o tempo. No ringue. Na lama. Embaixo da chuva.
Ele me empurra para baixo. Eu o soco para o lado.
Três socos no peito. Cinco na cabeça, mas eu não caio.
Eu olho de soslaio,
Dou um beijo na testa e saio.

Porque, passa tempo, passa alma
passa-se a gana, passa-se o entusiasmo
mas a vida – a vida não passa. Ela continua.
E com ela a gente não briga. Não desafia.
Irritamos, desapontamo-nos, conformamo-nos.


Mas sabemos que o fim é completamente moldável por todas as brigas,
mas que torna-se mais tolerável quando nós três sentamos para jogar um baralho
amarrar um sapato
bodiar na janela

Não faz sentido. Sem ter tido alguma especificidade. Sem ter tido amor pelo amor, amor pela amizade com o tempo, torpor pela conquista de cada degrau.
A cada segundo perdido uma porrada.
A cada porrada uma ironia.
E, a cada ironia…
…uma afronta ao marasmo de todos os subs, inter e trans conscientes e não conscientes.

A lágrima não é o passo para a loucura. É o buraco no cano por onde os devaneios, as lutas, as idiotices e todas as outras humanidades estúpidas se estapeiam prolongada e pavorosamente.

Menos humano é seguir a curva ascendente. Mais humano é contornar, apaziguar os demônios, perseguir estrelas atirando para todos os astros.

Mais humano – mais arte, mais desafortunada alma multicolorida – é o caos da poesia de rima rica. A riqueza dos versos que, monotonamente, brigam com cada linha da história que não cansa de repetir-se.

Quando cansa… Mas quando cansa…
- o mundo gira,
o tempo passa
a alma amadurece
a cabeça menos enlouquece.

Mas o que adianta?
O fim é o mesmo: fim.
Ou não?
Bom, eu decido a não indecisão então. Pela vida – pelo meio-tempo. E para que amanhã não seja o segundo anterior.

2 comentários:

  1. Adorei o_o mesmo mesmo, ainda que seja evidentemente de um assunto diferente, o que eu postei e o que você postou batem em MUITOS pontos, mas o seu tá tão rico de imagens e tão bem escrito Má =) de tirar o chapéu, gostei muito, muito mesmo, acho que porque me identifiquei XD ainda sim, espero que não tenha me identificado só pq vi algo pq sinto algo e sim pq algo que sinto de fato está alí, muito bom, uma estrelinha pra você.

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  2. Poxa, Will!! Fiquei feliz de verdade agora =D

    Se tem uma coisa que eu nunca espero é que essas coisas fiquem bonitas!

    E fico feliz por você ter se identificado também... Afinal de contas, é por uma afinidade de alma que esse blog existe, certo? =] Beijo no coração!

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