terça-feira, 10 de maio de 2011

Arquivo


Olhar pra trás é
aprender ou
cair sem querer
desfalecer
temer e se desobedecer.

Ler o passado é
ver o que já não se é
perder o impulso de querer tornar-se
e enrolar-se no ser que não é.

Ah...
De cair-se
é uma estrela que cai
decadência é uma dor que não sára

Ah...
Evolução é um futuro tão distante!
E o presente uma roda constante
que sobe, desce, sobe e...
Cai.

E a queda tira tanto dessa velocidade...

que as vezes me pergunto se não é melhor deletar o que está para trás.

- Pena que são fatos 24h, à caneta, com tinta permanente e aparição eterna.

Em suma, o belo
o estraordinário
o criativo e o inteligente que foi
é mais uma âncora no atolado barco
que caminha, caminha, caminha sobre a areia
e parece só se afastar do destino final.



Fui procurar o Boom da história e achei textos antigos que eu fazia. E trabalhos pra escola. Puta que pariu, eu já fui mais inteligente. É esse o resumo dessa droga que escrevi aí.


Não, não foi um bom dia. Abs.

Um comentário:

  1. São momentos Marina, você está mais inteligente, só que está mais sóbria. Seu texto tá tão bem escrito e tão poético, acho que depende do contato, do que se tem pra ler, de como está a vida e a inspiração, no mais gostei muito dele, tá meigo (não, eu não sou viado). E o destino final? A gente dá um passo em direção a ele a cada dia, a cada hora, a cada minuto e a cada segundo. Cada grão de areia é contado. Mas é o que eu disse Má, você está muito mais inteligente e portanto, mais sóbria, pense nisso, é claro que influencia na sua produção poética D:

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