segunda-feira, 25 de maio de 2009

Confesso

Confesso, leitor, que pequei. Pecar sem ter pecado, gostar sem ter gostado, pensar sem ter pensado. Explico: a situação não poderia ser pior, logo eu que ultimamente pareço estar propenso a entrar em buracos sem fim desse tipo. Azar, talvez. Ou ainda, limites. Mas ah, o coração não conhece tal barreira, na verdade, isso é coisa da razão, da cabeça. E convenhamos, sentimento e razão são duas coisas que caminham paralelamente, sem nunca se tocar; porém, próximas demais uma da outra pra de vez em quando causar certa influência em seus caminhos. Como se fossem campos magnéticos em fios que são paralelamente extensos. Mas não dá, por mais que tentemos não deixar que um campo interfira no outro, é bobagem querer que isso, a não-interferência, ocorra. O que dá sim pra acontecer é um falar mais alto que o outro, ser um campo mais forte. O problema está quando ambos são fortes. Isso se embola, os fios não são mais paralelos e tudo se confunde. Razão, emoção, eu gosto dela, eu não posso gostar dela. É um emaranhado de sentimentos e pensamentos. Angustiante, por sinal. Sábio o poeta que sabe deixar a razão de lado. Mais sábio ainda aquele que junta isso violentamente com a emoção.

3 comentários:

  1. Deixar-se levar pela emoção pode ser perigoso, mas conheces minha opinião, sabe que eu adoraria viver de volúpias! viva essa intensidade enquanto é tempo meu caro, não acho que seja interessante deixar de vivê-la para se arrepender num futuro cinza...

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  2. Com certeza, é o que eu tô fazendo. Minhas produções poéticas comprovam isso. Se eu fosse chato eu já teria postado mais uns outros 4 poemas, fora os outros 7 restantes do Werther. Mas tô deixando pra fazer isso gradativamente. Haverá material por um certo tempo ;)

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