segunda-feira, 25 de maio de 2009

Insolidificável


Quebrem-se as disposições
voltem as expectativas
a ver se de expectorar idéias
involuntárias deixo enfim.

As linhas dolosas nas sobrancelhas franzidas
os punhos cerrados imóveis
destruindo estruturas inteiras, internas

e tudo tentam amorosamente destruir
montando o novo,
tentando, tentando
olhando atemporais indignações

o próprio se apropriando da própria cara
pisoteando a alma e desinteressando suspiros

Ah, 
irredutibilidade memória
Ah, irredutibilidade mínima do raciocínio da expressão

Quero ordem no ordinário que me escapa,

Saber prender meus demônios engajados
acalmar o coração, protejê-lo com o veludo que me é tanto dado
em que me esqueço de embrulhar!

não há como amar um coração próprio assim

ou olhar a ceguez do futuro sem água...


Essa coisa esquisita aí foi feita num momento "away" da minha aula de espanhol. Nem eu entendi direito o que a maior parte significa, mas o geral, obviamente, é daquela clássica, inexplicável e fatal falta de amor-próprio.

Mas calma aos que zelam por mim: tive um fim de semana ma-ra-vi-lho-so. Meus conflitos internos não predominam no meu humor. Right?

Ô gente, vamos fazer um bg novo aí, vamos? Isso aqui tá parecendo sofá de velho! Sei que somos arcaicos, antiquados e tudo o mais, mas... Eu só não mudei porque não tô como administradora do negócio. Se me colocar como uma, eu até procuro gente pra fazer um troço mais sofisticado!

5 comentários:

  1. Que tal agora? :D

    E depois posto sobre o texto :x

    ResponderExcluir
  2. O meu diagnostico é que o grande problema dos membros dessa sociedade é a falta ô.o falta de amor próprio, falta de confiança, falta de iniciativa... claro que cada um com a sua própria falta =) mas o texto ta lindo má, adoro o jeito como vc coloca as idéias, elas ficam mto psicológicas e profundas =)

    ps: ... muda o blog pfv! =D poem eu e a má como administradores...

    ResponderExcluir
  3. É, eu também não entendi lá muita coisa quando li da primeira vez... nem na segunda... nem na terceira... nem na X. Agora parei pra tentar analisar direito. Bom, o título "Insolidificável" pode ter a ver com o texto ser assim mesmo não-concreto, ser uma viagem à la Clarice Lispector. Parece haver algum momento tenso por causa dos usos de "quebrar", "destruir", "indignação", "pisoteando a alma", "indignação", "prender demônios" e "acalmar o coração". E tudo ocorre, como diz, internamente, uma coisa ou da cabeça ou do coração. Apesar de estar nesse momento ruim, a eu-lírica gostaria de não viver esse momento, quer ter ordem e prender os problemas e acalmar o coração... só que ela se esquece de fazer isso :D Não simplesmente por bobeira, deve haver algo que a incomode a ponto de não conseguir fazer isso. Creio ser isso do que se trata, uma luta interna onde sabe-se qual é a resolução, mas, por motivos de força maior, ela não consegue ser obtida. Bom texto o.o

    ResponderExcluir